terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Em processo criativo

Pão Integral com Passas e Canela

- 2 xícaras de farinha de trigo integral

- 2 xícaras de farinha de trigo branca

- 3 colheres de farelo de trigo

- 3 colheres de farinha de linhaça

- 1 tablete de fermento biológico fresco (tipo Fleischmann)

- 1 e ½ colher de chá de sal

- 2 ou 3 colheres de sopa de açúcar (depende do seu paladar para doce)

- ½ xícara de óleo

- 1 e ½ xícara de água morna

- uvas passas

- canela

Mão na massa!


Primeiro coloque as passas numa panelinha com um pouco de água e açúcar e deixe ferver um pouco para hidratar. Desligue quando a calda estiver espessa e deixe esfriar.

Enquanto isso junte todos os ingredientes secos, inclusive o fermento, numa bacia. Misture bem.

Junte o óleo, misture com uma colher de pau e vá despejando aos poucos a água morna. Antes de botar a mão na massa literalmente eu recomendo que você unte-as com manteiga, pois ela é muito grudenta.

Sove a massa sem grandes pretensões. O importante é que tudo fique bem misturado e que você consiga passar um pouco do calor das mãos para massa, pois isso vai contribuir para a ação do fermento e para o astral do pão, é claro!

Deixe as passas para juntar no final.

Você vai perceber que elas penetram com certa dificuldade, mas isso é normal e se resolve no decorrer do processo.

Cubra a bacia com um pano e coloque-a num lugar quentinho e sem ventilação.

Deixe descansar por 1h.

Tire a massa da bacia (ela terá dobrado de tamanho) e coloque-a sobre uma superfície untada com manteiga.

Dê mais uma sovada de leve e divida a massa ao meio.

Abra a massa com suas mãos, também untadas e polvilhe a canela.

Enrole dois pães.

Se você tiver formas de pão (eu recomendo) você vai acomodar os pães dentro delas.

Se for usar a forma de bolo o ideal é que você coloque os dois pães próximos, pois quando estiverem assando eles vão se juntar e um vai umedecer ao outro, garantindo uma textura mais fofinha.

Deixe levedar por mais 1h.

Pré-aqueça o forno por 20 minutos.

Leve o pão para assar em fogo médio, por aproximadamente 30 minutos. Depois aumente o fogo para ele corar e pronto.

Deixe esfriar um pouco antes de comer.

O desafio de fazer pão

Sempre achei que fazer pão fosse tarefa para grandes cozinheiros. Palavras como sovar, levedar, biológico, deixam-me completamente apavorada. Isso sem falar que era uma tarefa que levava horas e em minha cabeça, dias!

Pois bem! Não fosse o preço exorbitante do pão integral, provavelmente eu nunca teria descoberto o prazer de preparar este alimento. Além de fácil é absolutamente relaxante amassar pão, algo como brincar com argila.

O medo da coisa dar errado extinguiu-se logo na primeira vez. O meu braço não doeu, nem cansou e o pão ficou fofinho! Como isso? Eu me perguntei.

Descobri que o pão gosta de ser reinventado e tolera qualquer proposta.Você pode aumentar, diminuir ingredientes, experimentar livremente, que ele não te deixa na mão.

A mesma receita pode ser feita com banana, com granola, com sementes... Mas o melhor mesmo é comer o pão feito em casa, pelas suas mãos. É saber que sua energia circulou ali, por horas e resultou nessa delícia que te alimenta logo cedo, para começar o dia com a alma leve e o corpo pra lá de saudável.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Panqueca a carretiera

Atendendo a pedidos das mais belas mulheres de Porto Alegre, segue a receita!

Massa

- 1 copo de farinha de trigo;
- 2 ovos;
- 1 copo de leite;
- sal a gosto.

Carretiera

- 2 maços de manjericão;
- ¼ de maço de salsinha;
- 1 punhadinho de alcaparras;
- 2 azeitonas pretas;
- 1 dente de alho;
- azeite de oliva extra-virgem: não aceite imitações!
- 1 faca muito afiada, do contrário as ervas terão o sabor vulgarmente alterado e a textura do molho será prejudicada. Se você tiver uma mezzaluna (aquela lâmina em forma de arco com pegador nas duas pontas), melhor.


Recheio

- tomates maduros picados;
- mussarela fatiada;
- molho carretiera.

Molho

- 1 caixa (520 g) de purê de tomate peneirado;
- 4 dentes de alho;
- azeite de oliva extra-virgem;
- sal a gosto.

O processo

Comece pela carretiera, pois quanto mais curtida, mais saborosa. Pique todos os ingredientes até praticamente eles desaparecerem. Quanto mais picado, melhor será o sabor.O tomate deve virar uma pasta.

Junte tudo num pote com tampa e cubra com azeite.

Deixe curtir.

Obs. Esse molho agüenta vários dias na geladeira, por isso não tenha pressa de usá-lo todo de uma vez.

Panqueca: bata os ingredientes no liquidificador ou no mixer.

Coloque 1 fiozinho de óleo numa frigideira antiaderente, aqueça e coloque um pouco de massa. Use uma concha como medida e vire a massa para fritar dos dois lados.

Você só deve adicionar mais óleo se começar a grudar. O coração agradece!

Molho

Pique o alho, frite–o no azeite e junte o purê de tomate. Não mexa!

Quando começar a grudar no fundo adicione um pouquinho de água e mexa de leve. Deixe cozinhar bastante para apurar. Quase no fim junte um pouco de leite para tirar a acidez e ajuste o sal.

Dica: mexa o molho só quando for absolutamente necessário, ele ficará mais saboroso.

Montagem

Coloque a panqueca num prato e disponha em seu centro uma ou duas fatias de mussarela, tomate picado e, por fim, regue com a carretiera. Feche e vá arrumando as panquecas numa forma. Cubra com o molho de tomate e leve ao forno para derreter o queijo. Prontinho!

Saboreie acompanhado de um bom tinto e uma saladinha verde.

Fonte: quem me ensinou a fazer a “carretiera” foi meu grande amigo Alfonso, chef napolitano que está à frente da cozinha do restaurante Spaghetto, em Ubatuba, litoral norte de São Paulo e Paraty, na divisa entre São Paulo e Rio. É dele uma das melhores comidas que já experimentei na vida. No restaurante ele serve o spaghetti a carretiera.

A idéia de usar o molho na panqueca foi minha.

Quem tiver a oportunidade e a sorte de passar por Ubatuba ou por Paraty não pode deixar de conhecer o Spaghetto que, além de tudo, tem um preço acessível.

Spaghetto Ubatuba:Rua Guarani, esquina com Carlos Drummond de Andrade, centro.

Spaghetto Paraty: Ra da Matriz 27/ Rua do Fogo, 2, centro histórico.

domingo, 26 de outubro de 2008

Bolo de Chocolate


Atenção navegante: juízo com esta receita! Ela está em minha família há anos. É de autoria da minha tia Valdenice, aquela que faz os bolos dos casamentos, dos aniversários e de tudo quanto é festa importante.

Em tempos difíceis vendi pedaços do bolo de chocolate da tia Valdenice em um bar na rua Augusta, o hoje popular Sarajevo. Paguei aluguéis e adocei a vida, que andava pra lá de amarga...
Engordei um bocado, é verdade, mas também, comendo bolo de chocolate todos os dias, várias vezes, que cintura que agüenta?
Hoje faço só em ocasiões muito especiais e divido agora com vocês essa delícia!

Massa
- 4 ovos
- 2 xícaras de farinha de trigo
- 1 xícara de açúcar
- 1 xícara de chocolate em pó (não me venha com Nescau, é chocolate, aquele da caixinha!).
- 1 copo de leite
- 2 colheres de sopa de manteiga
- 2 colheres de sopa de fermento em pó
- 1 pitada de sal

Recheio e cobertura
- 1 lata de leite condensado
- 1 lata de creme de leite
- 4 colheres de chocolate em pó
- 2 colheres de manteiga


Para molhar a massa

- leite
- conhaque
- essência de baunilha

O leite misturado ao conhaque dá meia xícara. Da essência de baunilha devem-se colocar algumas gotas. As proporções você equilibra pelo cheiro, que deve ficar adocicado, sem a prevalecência do álcool, nem da baunilha, mas com o aroma harmonioso dos dois.

Para decorar
- chocolate granulado
- cerejas ou morangos

Modo de fazer ou como eu costumo fazer...

A massa pode ser batida na batedeira ou no liquidificador, sem riscos. A dica é colocar primeiro os ingredientes molhados e gordurosos, nesta ordem: leite, ovos, manteiga, açúcar, chocolate, farinha, sal.
Bata tudo até obter uma massa homogênea e, por último, coloque o fermento e não bata muito, só o suficiente para ele ser distribuído na massa.
Coloque numa forma untada e leve a assar em fogo médio.
Quando começar a cheirar abra e espete com um palito, para verificar se está cozido.

Recheio e cobertura
Misture bem todos os ingredientes, menos a manteiga, antes de ligar o fogo. Quando estiver tudo bem misturado leve ao fogo baixo, coloque a manteiga e vá mexendo sem pressa.Ele vai ferver e começar a engrossar, então você vai fazer um teste: coloque um pouco do recheio numa colher e leve ao congelador. Estará no ponto quando você virar a colherinha e não escorrer, mas fique esperto: não pode ficar duro, só deve ter uma certa consistência para não escorrer do bolo, quando você cobri-lo.

Montagem
Quando o bolo estiver assado desenforme-o, ainda quente, sobre uma bandeja.Com uma faca corte envolta do bolo e termine de dividi-lo com uma linha ou um fio dental.
Depois de separadas as duas partes, molhe-as com a mistura de leite, conhaque e baunilha. Cuide para que o bolo fique molhadinho sem exagero, para a massa não derreter.
Despeje um pouco mais que a metade do recheio, também quente, sobre a metade da massa que ficou na bandeja. Você verá que o bolo absorverá muito desse recheio. Vá despejando...
Coloque a outra metade por cima e cubra com o restante do recheio que, nesse ponto, já foi promovido a cobertura.
Decore com o chocolate granulado e as frutas vermelhas.
Leve a geladeira por uma hora antes de servir e, por favor, não viaje em calorias, viaje no sabor sofisticado desta receita.

sábado, 25 de outubro de 2008

Amor no caldeirão

Estou feliz, cozinho.
Estou triste, cozinho.
Felicidade dá melhor tempero. Já a tristeza, o melhor ponto.
Experimente, amiga, sovar uma massa quando seu amor te der o cano. Só não vá mexer o molho por demais! Deixa apurar, em fogo brando, que o tempo faz a mágica. Quando vê, é você que está por aí se lambuzando...